A equipa portista, nada habituada a estas andanças, pois o seu cunho é a Liga dos Campeões, começou a sua caminhada europeia na Liga Europa, que já foi vencida por duas vezes pelos azuis e brancos, com uma vitória por duas bolas a uma frente aos suíços do Young Boys.
Sérgio Conceição manteve o onze que jogou frente ao Portimonense, com excepção de Zé Luís que a contas com um pequeno problema muscular foi substituído por Tiquinho Soares, que teve um papel decisivo na partida. Alinhou o FC Porto com Marchesin, Corona, Pepe, Marciano, Alex Telles, Danilo, Uribe, Otávio, Luís Diaz, Marega e Soares.
A partida iniciou e o Porto cedo tentou mandar no jogo. Com o seu 4-2-4 encapotado num 4-3-3 nos momentos de transição, a equipa portista não perdia o norte do seu jogo e ia abafando o adversário. Forte na transição ofensiva e com a projeção dos laterais, o Porto ia criando perigo. Acabou por ser numa transição ofensiva rápida e fulminante que os azuis e brancos chegaram á vantagem no marcador por intermédio de Tiquinho Soares aos oito minutos.
O Porto não abrandava e Danilo na sequência de um canto quase marcava. Acontece que, mais uma vez, e contra a corrente do jogo e na sequência de um contra ataque, com colocação da bola nas costas dos centrais, o Porto sofreu um golo. O golo foi de penalty mas o lance que origina a grande penalidade foi o atrás descrito. Marcano ficou mal na fotografia, com um desdobramento tardio e precipitado que permitiu o desequilíbrio por parte do jogador da equipa Suíça que só foi travado por falta pelo nosso guarda redes.
Empate feito e o Porto atras do prejuízo. Mais um jogo em que as lacunas na nossa dupla de centrais ficaram patente e é notório que terá de ser algo corrigido, designadamente pela forma como Sérgio Conceição coloca a equipa a jogar. A projecção dos laterais e a dupla de médios com os extremos a jogar por dentro ou em triangulações com os laterais, acaba por abrir espaços na nossa defesa, espaços esses que só poderão ser colmatados com, pelo menos, um central rápido.
Felizmente a equipa portista reagiu bem e Tiquinho Soares, aos 29 minutos, fez o 2-1. Primeira parte que foi dominada pelo F. C. Porto que conseguiu trazer intensidade para o jogo e que com uma grande capacidade de recuperação de bola, não permitiu ao Young Boys aproximar – se da baliza de Marchesin, excecionando o lance do penalty.
Do lado portista destacaram-se Tiquinho Soares pelos dois golos e pela capacidade de segurar bola e ganhar duelos aéreos, Luís Diaz que trouxe criatividade ao ataque portista e Corona que continua a demonstrar que apesar de não ser lateral direito, cumpre a função na sua plenitude e mostra ser a melhor opção no plantel para essa posição.
A segunda parte trouxe um adormecimento dos azuis e brancos e um adversário cuja capacidade não permitia muito mais. Gestão, incapacidade física, ordens do treinador, ou outro motivo serão a causa desse adormecimento, pois, não foi pela capacidade técnica ou tática dos suíços que isso aconteceu.
Sérgio Conceição mexeu na equipa e as mexidas ainda adormeceram mais a equipa. Substituições susceptíveis a serem criticadas depois do que viu, mas que na teoria até poderiam ter sido correctas, Retirou Luiz Diaz e colocou Baró, que teve a exibição mais fraca da presente temporada, não conseguiu vencer duelos e teve dificuldades na sua colocação em campo, não conseguindo desdobrar os colegas. A substituição tinha como intuito segurar o meio campo e trazer capacidade de passe, infelizmente Baró não correspondeu.
De seguida, retirou-se Marega para se colocar Manafa, o objectivo foi trazer velocidade e colocar a equipa num 4-3-3 vincado. Manafa demonstrou velocidade, mas decidiu mal no último passe o que significou a perda de algumas oportunidades de criar perigo. Por último saiu o MVP da partida, Tiquinho Soares e entrou Fábio Silva. Fábio trazia frescura física e velocidade, mas o Porto nesta altura já só procurava chutar para a frente e, mesmo nas reposições de bola, avançar na área de construção de jogo, Fábio não se destaca pela capacidade física e não consegui ganhar os duelos.
Três substituições que não deram a tranquilidade exigida e que não acrescentaram nada ao jogo portista, pelo contrario, criaram ainda mais problemas.
Valeram os três pontos e uma óptima primeira parte. Do lado positivo destacar: Tiquinho Soares pelos dois golos e por ter demonstrado que pode ser uma opção para o Porto, a profundidade dos laterais e a interioridade dos extremos e a segurança de Marchesin.
Do lado negativo, a debilidade defensiva dos centrais e a fraca segunda parte. Os adeptos portistas começam a pensar em Mbemba ter uma oportunidade. Excepciono do lado negativo as substituições, porque acredito que poderá ter sido uma noite má por parte de Baró e Manafa.
Segue-se o regresso ao campeonato e a um jogo frente ao Santa Clara. Pede-se empenho e dedicação aos jogadores portistas e que surja uma vitória portista.
Saudações +portistas
+ Gilberto Borges