A equipa portista venceu por 1-0 o Santa Clara em jogo a contar para a primeira jornada da fase de grupos da Taça da Liga.
Sérgio Conceição aproveitou a oportunidade para rodar um pouco a equipa e consequência disso, alinhou com Diogo Costa, Manafa, Pepe, Diogo Leite, Alex Telles, Mbemba, Bruno Costa, Romario Baró, Nakajima, Soares e Fábio Silva.
Como é habitual quando se altera muito a equipa, o F. C. Porto apesar de manter um domínio territorial e de posse de bola, teve alguma dificuldade na construção do jogo. A equipa alternava entre uma saída a três com Pepe, Leite e Mbemba e consequente projeção dos laterais ( Manafa e Alex Telles), ora saía com uma construção curta dos centrais ( Pepe e Leite) e consequente descida de Nakajima, Baró ou Soares, de forma a jogar num sistema mais apoiado.
O Santa Clara também apresentou alterações, o que significou um típico jogo de Taça da Liga, ou seja, jogo com pouca intensidade, pouca velocidade e poucas oportunidades de golo. O Porto foi superior a todos os níveis , mas só um jogador conseguia mexer na equipa (Nakajima). Só o nipónico é que trazia magia ao jogo e era ele o cabecilha/cérebro da equipa.
Jogo muito calmo e que só trouxe alegria aos adeptos portistas ao minuto 46
(primeiro e único minuto de compensação da primeira parte) quando Diogo Leite
introduziu a bola dentro da baliza após um excelente pormenor técnico de Nakajima.
Primeira parte de pouca intensidade, mas onde nos azuis e brancos se destacaram:
Nakajima pela qualidade tática que trouxe à equipa, Mbemba que conseguiu
entender o que Sérgio Conceição lhe pediu e conseguiu alternar entre terceiro
central e médio defensivo e Tiquinho Soares que muitas vezes recuou e fez de
construtor de jogo, ao segurar a bola e a efectuar passes para os colegas.
A segunda parte manteve a toada da primeira, com um Porto superior na posse de
bola e no domínio territorial e um Santa Clara incapaz de assustar Diogo Costa.
A equipa do Porto continuava a não criar muito perigo junto da baliza dos
açorianos, pois, falhava quase sempre o último passe.
Esta segunda parte ficou marcada por um assumir de um 4-3-3 claro dos azuis e brancos com Mbemba a fazer de médio defensivo e Baró a fazer de dupla de médios centros com Bruno Costa. Esta nuance trouxe um Porto a construir mais jogo pelo meio e a não projectar tantos os laterais.
O jogo chegou ao fim com a vitória do Porto e três importantes pontos para o objectivo de passar a próxima fase da prova. Valeu a rotação feita na equipa, os três pontos conquistados, o sinal positivo que Nakajima, Mbemba e Diogo Leite enviaram à equipa técnica e adeptos. Nakajima liderou a equipa e apresentou vários retoques técnicos que encantaram o Dragão, Leite demonstrou confiança e esteve impecável em todos os momentos defensivos e ofensivos e Mbemba demonstrou capacidade de jogar em várias posições e jogou sempre bem.
Do lado negativo do jogo tivemos a lesão de Baró que se espera que não seja grave.
Segue-se uma deslocação complicada e que o ano passado poderá nos ter hipotecado o título nacional, ao terreno do Rio Ave. Espera-se a vitória portista e o regresso de vários titulares.
Saudações + Portistas
+Gilberto Borges