O Porto bateu o Desportivo das Aves por 1-0 em jogo a contar para a décima jornada da Liga Portuguesa.
Depois de um empate desolador com um marítimo fraco e em que Sérgio Conceição foi criticado pelas opções táticas tomadas, o mister manteve a toada e voltou a escolher um onze que muitas dúvidas suscitou.
Marchesin, Mbemba, Pepe, Marcano, Manafa, Bruno Costa, Danilo, Corona, Otávio, Luís Diaz e Soares foram os escolhidos. Mantendo-se fora da equipa jogadores como Marega, Alex Telles, Zé Luís, Uribe.
O Porto até entrou pressionante e combativo, apanhando pela frente um adversário que se fechava e jogava em puro contra ataque. Aos treze minutos Marcano num gesto técnico bonito e complicado para um defesa central inaugurou o marcador. Como vem sendo apanágio neste F. C. Porto, a equipa marcou e relaxou.
Verdade que ainda dispôs de uma ou outra oportunidade de golo, maioritariamente através de bola parada, mas o jogo perdeu qualidade. Danilo errava passes atrás de passes, Mbemba não se projectava o suficiente, Manafa corria, corria mas sem sentido e em lances individuais que em nada davam e Otávio estava desaparecido neste sistema táctico híbrido que nenhum adepto percebe bem qual é. Ora Otávio caia no meio, ora na ala ou até como segundo avançado , ora uma ala estava destinada somente a Corona, ora tinha Mbemba a subir, ora jogava com dois médio lado a lado ora variava para três médios com um mais recuado. Muitas nuances para 45 minutos e que originaram a diversos erros posicionais e de passe.
Sorte para o Porto que este Desportivo das Aves não está a jogar grande coisa e que nunca conseguiu criar perigo junto da baliza de Marchesin. Nas bancadas sentia – se a tensão e ecos de assobios faziam-se sentir.
Na primeira parte destacaram-se Marcano pelo golo, Pepe pela liderança defensiva que trouxe à equipa e Corona que procurava acelerar o jogo portista mas não tinha quem o acompanhasse.
A segunda parte começou e cedo Sérgio Conceição percebeu que tinha de mudar. Mas mexeu mal. Tirou Luís Diaz e colocou Zé Luís e retirou Mbemba para colocar Alex Telles. Se a saída de Mbemba se percebia, a de Luís Diaz não. Os três amores de Sérgio Conceição mantinham-se em campo ( Otávio, Bruno Costa e Danilo) e o Porto continuava sem conseguir marcar. A equipa tinha muita posse de bola, mas não chegava ao último terço com qualidade.
Aos oitenta e três minutos saiu Otávio e entrou Uribe para congelar ainda mais um jogo que já estava frio e sombrio.
O jogo lá chegou ao fim e o Porto lá ganhou e conseguiu três pontos. O jogo valeu só mesmo por isso, porque o resto foi fraco. Otávio, Danilo, Bruno Costa, Manafa e as suas exibições foram a prova de como anda o F. C.Porto e como está a ser gerida esta equipa. 4 pontos em três jogos na Liga Europa e 5 pontos perdidos com equipas banais no campeonato são a prova de que está a faltar algo.
O 8 ao 80 desta equipa de Sérgio Conceição é surreal. Se ficam na retina as grandes exibições contra Benfica, Setúbal, Guimarães, Famalicão. Ficam também na retina as restantes péssimas exibições nos restantes jogos.
Segue-se um jogo europeu que o Porto precisa de vencer e de convencer, pois, este Porto poucos tem convencido.
O treinador apela à união, os adeptos exigem esforço, dedicação e nada de garantias de lugares no onze azul e branco. Se há adeptos que sabem retribuir são os portistas, por isso, mister dê-nos o Porto mortífero que foi campeão nacional com as melhorias que a experiência a isso obriga e tudo terá de nós.
Saudações + Portistas
+ Gilberto Borges