Sérgio Conceição aborda as lesões no plantel do FC Porto e fala num “processo coletivo” na hora de comentar os golos sofridos.
Análise ao jogo com o V. Setúbal: “Não são 37 anos a vencer, houve alguns empates pelo meio. São sempre deslocações difíceis, mas não há um jogo de competições nacionais que seja fácil hoje em dia. Nós tentamos ultrapassar as dificuldades na preparação do jogo, é o que fazemos sempre. Estamos atentos ao que foi a mudança do treinador do V. Setúbal, estreou-se contra nós, no Dragão, ainda com pouco tempo de trabalho na altura, agora tem uma equipa bem mais consistente. Essa consistência defensiva já fazia parte do início do campeonato, sofre poucos golos, mas também conseguiu dar organização ofensiva e momentos interessantes numa dinâmica que permite ao Vitória fazer golos. O mais importante é olhar para a nossa equipa e para o que podemos fazer para ultrapassar este obstáculo”.
Lesões: “Com esta quantidade de jogos, faltando alguns dos elementos que têm mais minutos desde o início da época, obviamente que fazem falta, mas eu não costumo agarrar-me a isso. Olhando para os atletas que estão à disposição e podem dar o seu contributo, vemos as características de cada um e formamos o melhor onze, como fazemos sempre. Gostaria de ter toda a gente disponível, até porque, quanto aos jogadores que estão impedidos de jogar [Pepe, Nakajima, Danilo e Aboubakar], inicialmente não se pensava que poderiam estar com todo este tempo de inatividade, o que tem dificultado um bocadinho a preparação, ficávamos mais fortes se todos estivessem disponíveis”.
Resposta à derrota na final da Taça da Liga: “Acho que o jogo verdadeiramente difícil que íamos ter era a seguir à final da Taça da Liga, frente ao Gil Vicente. Verificou-se isso principalmente na primeira parte, houve sinais de alguma intranquilidade, que são normais. Tudo o que aconteceu, nomeadamente a não conquista da Taça da Liga, faz parte do futebol, do que é a vida dos clubes, nos momentos mais difíceis, mas isso está completamente ultrapassado. Estamos focados e trabalhámos bem nestes dias para amanhã ganharmos o jogo num campo difícil, naquilo que tem de ser a nossa caminhada e no nosso objetivo, que é lutar pelo campeonato”.
Golos sofridos: “Temos observado, percebido e trabalhado sobre aquilo que são os golos sofridos, não é justo como já ouvi, dizer que falta este ou aquele jogador. Isto é um processo coletivo, é a equipa que sofre golos, olhamos para os golos sofridos e apontam ao setor defensivo ou ao guarda-redes. Eu acho que tem a ver com toda a dinâmica que existe na equipa”.
Fonte: O Jogo