Pinto da Costa, presidente do FC Porto, falou sobre o triunfo dos dragões no clássico frente ao Benfica (3-2) no editorial da revista Dragões.
No editorial da revista Dragões do mês de fevereiro, Pinto da Costa aproveitou para recordar a época passada e suspensão de que foi alvo depois de conceder uma entrevista ao nosso jornal, antes de falar no clássico do qual o FC Porto saiu vitorioso no Estádio do Dragão, por 2-1, frente ao Benfica.
“O 25 de abril aconteceu há quase 50 anos, mas ainda sobrevivem alguns resquícios vermelhos dos tempos da outra senhora e ainda há órgãos disciplinares que gostam de aplicar castigos por delito de opinião. Foi o que me aconteceu quando tive de cumprir 90 dias de suspensão por ter exercido a minha liberdade de expressão numa entrevista a um jornal. Na altura, após o final da época passada, constatei o óbvio: “É uma tristeza que não haja um mínimo de verdade desportiva nos jogos [do Benfica] de Vila da Feira, de Braga e de Vila do Conde. São três manchas negras na história deste campeonato”. Como já ocorreu noutras ocasiões, um tribunal a sério repôs a normalidade constitucional. Afinal, ainda posso falar…”, começou por escrever, antes de falar do triunfo sobre o emblema encarnado.
“E posso, por isso, saudar a nossa equipa por uma magnífica exibição frente ao Benfica, a segunda nesta temporada, que mostrou a quem ainda tivesse dúvidas qual é a melhor equipa portuguesa. Como disse o nosso treinador, foi uma vitória sem espinhas. Mas, mesmo sem espinhas, houve quem tivesse ficado com qualquer coisa cravada na garganta que lhe afetou o cérebro e a capacidade de raciocínio. Só assim se compreende os despudorados ataques do Benfica à arbitragem para justificar uma derrota que foi clara e justa e para atenuar uma desconfiança que já é indisfarçável em relação à sua equipa”, continuou, deixando depois elogios ao vice-presidente Alcino António.
“Felizmente, ainda há gente clarividente por aquelas paragens. O vice-presidente Alcino António, que é o que resta do Benfica com os valores do saudoso Fernando Martins, condenou a falta de “bom senso” de quem só recorre às arbitragens para se desculpar da incompetência nos relvados. Que diferença face ao Benfica de Vieira, de Pedro Guerra, de César Boaventura, de Pedro Adão e Silva e de Rui Pedro Braz!”, acrescentou, para depois concluir:
“Depois desta jornada, continuamos o nosso caminho com ainda mais certeza na nossa qualidade e na nossa superioridade, e encaramos o futuro com forças renovadas para contornar todos os obstáculos que nos vão colocando pela frente”.
Fonte: O Jogo