Sérgio conceição Treinador cumpriu mil dias desde que iniciou funções no Olival. Quer que, no futuro, se valorize mais o que é português.
A 3 de julho de 2017, Sérgio Conceição entrava oficialmente a serviço como treinador do FC Porto, orientando o primeiro treino no Olival. Mil dias – cumprem-se precisamente este domingo -, 154 jogos e 715 treinos depois, atinge uma marca que apenas mais quatro treinadores na história do clube alcançaram: Pedroto, Artur Jorge, Fernando Santos e Jesualdo Ferreira. Conceição recorda como tudo começou e deixa um desejo para quando os estádios reabrirem.
Ainda se lembra do primeiro treino como treinador do FC Porto?
-Porque me recordaram esse dia, fui buscar a folha do treino e tenho aqui na mão por curiosidade. Tinha 16 jogadores mais três guarda-redes e o Hernâni estava condicionado. Tenho também os exercícios que foram feitos. Cada treino tem a sua história e a sua vida e no fundo são todos diferentes. Lembro-me muito bem do estado de espírito, da ambição que tínhamos por chegar e representar um dos melhores clubes da Europa e o melhor de Portugal. Sempre fui competitivo e desde a minha chegada ao FC Porto, enquanto jogador, alimentei muito essa minha vontade de ganhar. Como treinador foi exatamente o mesmo. Senti uma responsabilidade tremenda de devolver ao clube o lugar que merecia, que era o primeiro, que hoje ocupamos mais uma vez.
Qual o desejo e mensagem relativa aos dias de hoje que gostaria de deixar aos adeptos?
-Um momento difícil para todos nós. Temos que olhar mais para o bem das nossas famílias e dos nossos amigos mas também do país e do mundo. Apelar ao respeito que devemos ter pelas instruções dadas pelas autoridades e pelo aconselhamento da Direção Geral de Saúde. Todos sentem falta do futebol, não há dúvida. Eu, como apaixonado que sou pelo futebol e pela minha profissão, sinto muito essa falta, mas espero que seja também o momento para olhar para o futebol com carinho e saudade porque, por vezes, não é bem tratado. Era bom que voltássemos mais empenhados em tratar melhor aquilo que é nosso: o futebol português que tantas alegrias nos dá e tantas coisa boas traz ao nosso país.
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