João Pinto, eterno capitão do FC Porto, participou no programa FC Porto em casa, nas plataformas de comunicação do clube, no qual o protagonista era Danilo.
“Como portista fico contente por ter o Danilo com a braçadeira de capitão. Entrei na conversa quando ouvi a falar sobre o que é ser capitão: é transmitir a mensagem e a filosofia do FC Porto no início de cada época a quem vem de novo, também o ouvi dizer que as picardias se resolvem num campo mais pequeno, no meu tempo eram nos treinos e no balneário: os treinos eram mais competitivos do que os jogos e palpita-me que com o Sérgio Conceição também seja assim. O futebol do FC Porto é o mesmo: treinos piores do que os jogos, mas depois somos todos amigos e vamos almoçar juntos”, disse João Pinto, enaltecendo a postura do atual capitão do FC Porto.
“Passei três meses mais perto da equipa e via os sacrifícios que o Danilo fazia para treinar, mas depois chegava à hora do jogo e dizia que estava pronto. É esse o espírito do FC Porto”, acrescentou.
No momento de recuar no tempo e apelar à memória, João Pinto fixou-se em dois jogos com Benfica e Sporting.
“Numa finalíssima da Taça (1993/93) ganhámos (ao Benfica por 2-1) e tivemos dificuldades para receber a taça. Só três ou quatro jogadores é que fomos lá acima e fomos recebidos à pedrada, mas a taça foi ao relvado para a mostrarmos aos nossos adeptos. Recebi a taça e mandei garrafas para a bancada. Foi uma forma de dizer que o FC Porto, perante as equipas do sul só ganha se for mais forte, se tiver melhor jogadores, mas acima de tudo, se tiver um querer muito grande porque há sempre outras coisas, outros fatores que, infelizmente, não deixam o FC Porto ganhar”, recordou.
A propósito do jogo disputado a 4 de abril de 1984, uma meia-final da Taça com Sporting que, deu a final com Rio Ave em que o FC Porto conquista o primeiro troféu com Pinto da Costa enquanto presidente, disse: ” “Já nesse tempo dizíamos no túnel antes de entrar que o jogo só acabava depois do árbitro apitar. O Sporting marcou no primeiro minuto, mas demos a volta. O FC Porto mereceu passar à final. Vencemos por 4-1, mas não foi simples depois, no regresso, chegámos de avião e do aeroporto em vez de irmos para o estádio fomos a casa do mister Pedroto que já estava doente nessa altura. Abriu uma taça de champanhe, alguns jogadores até estranharam porque ele era um agarrado do caraças. Fez o brinde e quando pegou no copo disse-nos: ide-vos fo… todos porque não se admite sofrer um golo. O Barradas, é o nosso suplente e entrou a 10 minutos do fim e vocês deixaram o Rio Ave marcar. Ide-vos fo…”, contou João Pinto.
ojogo