Fucile falou esta sexta-feira às diversas plataformas do FC Porto e admitiu o ponto final na carreira. Recordou ainda a conquista do título na Luz e elogiou Villas-Boas.
Panenka no Torneio Internacional de Braga: “A culpa foi do Lucho e do Lisandro, que me disseram que não tinha coragem de fazer a ‘cavadinha’. Disseram que, se a fizesse, me levavam a jantar onde quisesse. O Jesualdo disse-me que me deixava bater o penálti, mas queria que batesse de forma séria. ‘Se fazes alguma m…, nunca mais bates um penálti’. Isto antes do jogo. E eu disse: ‘mister, tranquilo que vou chutar bem’. Quando chutei assim, o mister ficou louco. Queria matar-me. Acabei por dedicar o golo ao Lucho e ao Lisandro”.
Ponto final na carreira: “Acho que não vou jogar mais, embora ainda consiga jogar. Por causa do coronavírus só estou em casa a comer e estou a começar a ficar gordo [risos]. Mas gosto de treinar e de me tratar. A última equipa em que estive foi em Espanha e, depois, decidi voltar para o Uruguai, mas um dirigente do Nacional, onde gostava de terminar a carreira, não me quis. Surgiram equipas para jogar, mas não queria sair do Uruguai. O meu pai já tem 70 anos e se lhe acontece alguma coisa e eu não estou aqui… Como não conseguir ir para o Nacional, fiquei sem jogar. Mas isso também não me tira o sono. Consegui muitas coisas e agora não ia fazer a diferença, como o Fernando, que ganha muito dinheiro [risos]. Mas estou feliz”.
Melhor jogador com quem jogou no FC Porto: “Cheguei na época do Vítor Baía e cheguei a jogar com ele, com o Pedro Emanuel, com o Hélder Postiga. Quando cheguei também estava o Quaresma e, para mim, o Ricardo [Quaresma] foi fantástico. Foi dos melhores jogadores com quem joguei na carreira. A equipa que ganhou a Liga Europa também tinha muita qualidade. O João Moutinho, o Fernando, o Guarín… Todos jogadores de seleção e qualidade. Foi essa a diferença do FC Porto em relação às outras equipas. Descobrir jogadores novos e catapultá-los para que sejam melhores. O Raul Meireles, o Bosingwa, o Bruno Alves… O Bruno saltava e chegava à lua. Era incrível. É um animal. O Pepe, que ainda está a jogar e é um fenómeno. Tínhamos uma relação de balneário excelente”.
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