Jesualdo Ferreira reencontrou dois dos “seus capitães” na passagem pelo FC Porto
Jesualdo Ferreira foi este domingo um dos convidados de mais uma edição programa FC Porto em casa, oportunidade para o atual treinador do Santos, do Brasil, reencontrar Lucho e Bruno Alves, jogadores com quem partilhou títulos nos dragões.
“Olha os dois capitães. Bruno, continuas a marcar golos de livre. Bates bem. E tu, Lucho agora jogas a 6, vi o jogo com o Flamengo, o Fernando se vir fica com inveja”, começou por afirmar o treinador que conquistou três títulos de campeão nacional no Dragão.
“Lucho, só ganhas títulos, pá. Como é possível? Não posso esquecer o que foste. Dentro do campo, tu e o Bruno eram treinadores. Entendiam o jogo e isso confere-vos as condições para serem grandes treinadores no futuro. Lucho quer ser treinador? É porque é maluco”, afirmou Jesualdo ente memórias do passado dos três pelo FC Porto. “Tens todas as condições para isso porque tens liderança e isso não se compra na farmácia”, concluiu, ainda sobre Lucho.
“Quando cheguei ao FC Porto havia o Baía, que não jogava, o Pedro Emanuel que estava fora e havia a discussão sobre quem seria o capitão. Disse que ias ser tu, mas não querias. Então disse-te que não podias jogar se não fosses o capitão. Foste um grande grande capitão, sem levantar a voz e sem gritar, ou seja, tudo o que um líder deve ter. Lucho tens tudo o que é preciso. O teu passado tem uma influência muito grande na forma como te apresentas pela primeira vez aos jogadores”, disse ainda Jesualdo acerca do argentino, agora jogador do Athletico Paranaense, no Brasil.
“Depois foi o Bruno [Alves], uma figura que ninguém achava que tinha perfil, diziam que era mau e tal. Tens níveis de concentração elevadíssimos nos 90′ e isso resolve 80 por cento dos problemas, E podes transmitir isso aos jogadores”, elogiou Jesualdo a falar do atual defesa do Parma, em Itália.
Sobre a passagem pelo FC Porto, Jesualdo Ferreira recorda quatro anos de conquistas. “Foram quatro anos de grande felicidade, sobretudo pelos jogadores que tive. Tudo gente que acreditava. Se atingiram os níveis que atingiram foi por acreditarem. Isso é o apanágio dos campeões, acreditam até ao fim. Foram campeões não só no campo, mas na própria vida”, finalizou.
ojogo