Antigo jogador do FC Porto recordou a chegada do avançado aos dragões, em declarações no programa “FC Porto em casa”, nos canais oficiais do clube.
História do número 11: “Estava habituado a jogar com o número 11. Cheguei ao FC Porto e era do André, logo um dos mais antigos da casa, um dos mais importante. Fui ter com ele e pedi-lhe para me dar o onze. Expliquei que era um número muito importante e disse-lhe que não conseguia jogar sem ele. Então André disse-me que tinha que pagar 100 mil contos por cada ano. Eu disse que pagava o que fosse preciso. Ele foi falar com o Inácio [era adjunto] e explicou, mas para me dar o número queria ficar com outro. Não sei bem, mas fez umas trocas e então lá me deu o onze, o Paulinho ficou com o 9 e o André com o 6. Foi um gesto fantástico, de um grande homem. Só os grandes homens reagem assim. Nasci a 11 setembro , às 11 horas. Era muito ligado a ele. Só jogava com ele. E depois foram sete anos e meio e acho que correu bem [risos]”.
Chegada de Jardel: “Quando o Mário [Jardel] chegou, estávamos em estágio de pré-época, na Escócia. Ele fez uma viagem de quase 20 horas, estava cansado e foi ter connosco ao treino. Passavam-lhe a bola e algumas ele deixava passar. Eu cheguei ao quarto e disse ao Fernando Mendes, que era o meu companheiro de quarto: ‘Então o FC Porto pagou sete milhões e ele não sabe dominar a bola?’ Passados uns dias, fomos jogar um particular com o Hearts. Ganhámos, o Mário marcou dois golos e nunca mais parou”.