Em Roma, os tempos laziale eram fulgurantes. Campeã de Itália não há muito tempo, a equipa de Roberto Mancini (que dava os primeiros passos como treinador) tinha ficado com caminho livre para vencer a Taça UEFA depois de, nos quartos de final, o Liverpool ter tombado frente ao Celtic.
Para as meias-finais, havia a Lazio, o Celtic e a dupla portuense FC Porto e Boavista.
No papel, os italianos eram os grandes favoritos. Com Peruzzi na baliza e jogadores de grande nomeada, como Couto, Simeone, Claudio López ou Stankovic, poucos adivinhariam outro desfecho.
Na sorte, saiu um FC Porto x Lazio. Primeira-mão nas Antas, que encheram numa quinta-feira fresca de abril.
Mourinho lançou o seu onze mais rotinado daquela temporada, com Deco a comandar, Costinha e Maniche na consistência, Derlei e Postiga como homens do golo.
O jogo até começou com um golo madrugador dos italianos, que parecia ir de encontro à tal teoria. Mas a prática, a seguir, foi bem diferente.
Em apenas 4 minutos o Porto restabeleceu a igualdade e arrancou para uma vitória histórica, considerada por muitos como a melhor exibição realizada pelo Porto de Mourinho.
Maniche e Derlei fizeram os golos na primeira parte, e levaram o Porto com vantagem de 2-1 para o intervalo. O golo fora podia parecer uma ameaça para a segunda mão em Itália, mas a segunda parte tinha reservados mais dois golos para os azuis e brancos. Derlei e Postiga dilataram a vantagem e tornaram a noite dos Dragões inesquecível.
O Porto foi a Roma empatar a zero e alcançou a final de Sevilla, onde conquistaria a sua primeira Taça Uefa após bater o Celtic por 3-2