No programa “FC Porto em Casa”, o extremo de 36 anos recordou episódios com o técnico holandês em 2005/06 e o regresso ao Dragão em 2014.
Regresso ao FC Porto em 2013/14: “O dinheiro não é tudo. Fui para a Arábia, onde tinha um bom contrato, mas não era feliz, porque achava que aos 29 anos ainda tinha muito para oferecer. Mais uma vez, tenho de agradecer ao presidente por ter acreditado em mim e me ter dado a oportunidade de voltar ao clube, bem como ao Paulo Fonseca. Lembro-me desse primeiro dia, porque havia ex-jogadores que diziam que estava gordo e acabado. Mas quando visto esta camisola parece que estou nas nuvens ou uma criança que ia jogar para o campo do bairro até à uma da manhã. Sentia uma liberdade enorme”.
“Trocar” o Sporting pelo FC Porto: “Vou ser sincero. O Sporting estará sempre comigo, porque fui lá que fui feito e foi onde me abriram as portas para o mundo do futebol. Vou ter sempre um carinho pelo clube. Mas o FC Porto é o FC Porto. É difícil explicar o amor pelo clube. Mas foi a melhor decisão que tomei”.
Histórias com Co Adriaanse: “Na altura não achava piada, mas agora sim. O Lucho tinha mais tatuagens do que eu, mas ele [Adriaanse] chegou ao pé de mim e perguntou se gostava de tatuagens. Disse-lhe que sim e ele disse-me que quem tinha tatuagens com ele não jogava. [risos] Ele tinha coisas que me irritavam, mas foi dos que mais puxou por mim. Ele passou-me muitas coisas que na altura me passavam um pouco ao lado, porque eu fazia um pouco o que me dava na cabeça, mas fez-me perceber que tinha de entrar na linha, principalmente na linha dele. Mas acabámos por fazer uma época fantástica com ele. Quando ele me tirou no jogo com o Sporting aos 60 minutos fiquei cego. No momento das convocatórias, ele reunia os jogadores no meio campo e apontava o dedo. Se o dedo não parasse à tua frente, já eras; não estavas convocado. Era uma ansiedade”.
Fonte: OJogo