Plantel voltou aos trabalhos esta segunda-feira e Nélson Puga acredita que há condições para acabar o campeonato.
Cinquenta e dois dias depois, o Olival, devidamente preparado depois de tomadas várias medidas de segurança, voltou a receber os jogadores do FC Porto esta segunda-feira.
Até ao regresso do campeonato há mais de três semanas para mudar os microciclos e recuperar a forma. Uma vez reatados os jogos, há condições para ir até ao fim, acredita Nélson Puga, o responsável clínico dos portistas. E, quem sabe, receber adeptos numa fase mais adiantada. “Acredito que há condições para o campeonato arrancar e ser concluído. Acho prudente numa primeira fase ser à porta fechada, mas em função da progressão da pandemia e, se tivermos uma evolução positiva como acredito, podemos estudar medidas de abertura ao público, de forma faseada e com novas regras”, explicou em declarações exclusivas a O JOGO.
Os jogadores estão preparados e ansiosos pelo regresso. “Fui falando um pouco com todos eles individualmente, porque durante este período surgem sempre algumas situações clínicas com eles, bem como com os seus familiares, que tivemos que resolver. Na maioria dos casos através de teleconsultas. Também reunimos com todos por videoconferência para esclarecer como estava a ser a evolução da pandemia em Portugal e, como nos tínhamos organizado no Centro de Treinos e quais seriam os novos procedimentos e as novas regras. Senti que estavam com curiosidade de ficarem bem informados relativamente a todos os detalhes e à razão de ser do cumprimento dos novos procedimentos”, sublinhou.
Agora, o principal desafio é “transmitir confiança num novo processo”, que foi cuidadosamente elaborado para que “o risco de contágio dentro desta atividade e, dentro deste nosso universo, seja muito baixo, próximo do zero”, explicou Nélson Puga, que deseja que o futebol em geral e o FC Porto em particular “possam servir de exemplo de como a sociedade se deve adaptar a uma retoma progressiva”.
A terminar, faz um balanço muito positivo dos mais de 50 dias de confinamento dos portistas. “Em primeiro lugar, houve uma grande consciência cívica por parte de todos os jogadores. Depois, uma consciencialização da necessidade de cumprimento da regras e recomendações e os jogadores e as suas famílias aderiram com rigor ao cumprimentos das novas regras. Finalmente, devo referir que, para além do exemplo que deram à sociedade na forma como nos devíamos comportar, mantiveram-se motivados e a cumprir escrupulosamente os planos de treinos que lhes foram enviados. Em resumo, a adaptação a esta nova realidade foi surpreendentemente rápida e boa”, considerou.
Fonte: O Jogo