Nélson Puga abordou o perigo de contágio do novo coronavírus nas duas modalidades.
O voleibol e o futebol são modalidades com risco de contágio pelo novo coronavírus “semelhantes e baixos”, afirmou Nélson Puga, responsável pelo departamento médico do FC Porto e das seleções de voleibol.
“Os riscos são semelhantes e baixos, em meu entender. Por um lado, menores porque no voleibol ainda existe menos contacto físico e, por outro, ligeiramente maiores porque no pavilhão o voleibol é praticado em recintos fechados”, disse, em entrevista à Federação Portuguesa de Voleibol (FPV).
Nélson Puga entende que a modalidade na qual se notabilizou como jogador tem semelhanças com o futebol no que diz respeito ao risco de contágio, considerando que o risco “é baixo”.
O médico, que foi o primeiro jogador a atingir as 100 internacionalizações pela equipa portuguesa de voleibol, lembra que na modalidade, os contactos “apenas se verificam durante escassos segundos e na maioria das vezes espaçados de mais de 1,5 metros de distância”.
Puga defendeu ainda que acredita que seja possível retomar os treinos e competições no voleibol em breve:
“Acredito que a curto/médio prazo haja condições para retomar treinos e competições. O que é preciso é que seja apresentado um plano de contingência com uma proposta de adaptação às novas realidades e que esse plano seja debatido e aprovado pelo Governo e em particular pela DGS”, afirmou.
Nélson Puga defende a retomada dos treinos com a aplicação das medidas de proteção recomendadas para DGS, que passam, entre outras, pelo “uso obrigatório de máscaras nos recintos fechados [com a exceção para os atletas enquanto no desempenho da sua atividade], criação de regras de distanciamento entre todos, implementação de normas mais rígidas de desinfeção e higienização dos espaços e monitorização de temperatura e sintomas à entrada dos recintos”.