Treinador do FC Porto diz que jogar num estádio sem adeptos é semelhante a “comer uma salada sem condimentos”.
Preparação durante a pandemia: “Uma situação nova para toda a gente. Difícil não digo… Diferente. Em termos de preparação, pegando no que é a última imagem da equipa adversária, tivemos imenso tempo para preparar este jogo. O que vamos encontrar não sabemos, é uma incógnita. Quando existe uma pré-época, definimos microciclos diferentes de trabalho. Aqui foi tudo diferente. Quase três meses onde os jogadores se juntaram há bem pouco tempo. Foi essa a dificuldade. Na preparação do jogo, em relação a aspetos táticos e estratégicos, foi preparado da mesma forma, como todos os outros, com mais algum tempo até, que nos permite conhecer melhor o adversário. A jogar de três em três dias não há esse tempo”
Jogos à porta fechada: “Vai ser diferente entrar sem público. Faltarão os condimentos que são necessários numa boa salada, comer uma salada sem azeite, vinagre e sal não é a mesma coisa. Mas a fome tem de ser a mesma. Se tivermos vontade, temos de entrar lá para dentro com a mesma vontade, como se tivéssemos o estádio superlotado, com os sócios adeptos e apoiarem. Vai ser diferente, com certeza. O tal incentivo de darem aquele ‘plus’ para um jogador, é normal, essencial, acho que faz falta. Até as assobiadelas fazem falta [risos]. Não é a mesma coisa, mas temos de olhar para a situação e para o recomendável e enfrentar as coisas como são”.
Fonte: O Jogo