Num jogo de sentido único, em que as atenções se concentraram (naturalmente) no festival de golos desperdiçados pelo FC Porto, Marchesín acabou por ultrapassar uma barreira importante na Vila das Aves quase sem se dar por isso.
Casillas fechou 2015/16 com 13 rondas sem sofrer golos e Marche já leva 14, tendo agora a possibilidade de bater o melhor registo do espanhol na I Liga (19), fixado em 2016/17, quando ainda estava longe de imaginar que um enfarte do miocárdio lhe terminaria abruptamente a carreira duas épocas depois, numa altura em que estava bem encaminhado para o suplantar (já levava 18 jogos a seco). Para isso, porém, o guarda-redes recrutado ao América terá de não sofrer em seis das sete jornadas que faltam disputar. Se for capaz de ficar em branco até ao fim, então até um novo recorde pessoal fixará neste capítulo.
A postura ultra defensiva do Aves, que na segunda parte quase abdicou de atacar a baliza do FC Porto, fez com que Marchesín tenha terminado o jogo sem uma única defesa para contar. A situação não é inédita na carreira do internacional argentino, mas aconteceu com uma frequência anormal esta temporada em comparação com as quatro anteriores (máximo de tempo que o portal Wyscout permite consultar). Desde que chegou ao Dragão, o guarda-redes de 32 anos não defendeu qualquer remate nos encontros com o Aves (primeira e segunda volta), o Tondela, o Portimonense e… o Benfica (na Luz). Nas quatro épocas imediatamente anteriores, passadas todas nos mexicanos do América, o guarda-redes não tinha sido chamado a intervir num total de sete encontros, entre Torneio Abertura e Cláusura: Tigres, Cruz Azul (duas vezes), Léon (duas vezes), Chiapas e Puebla.
Fonte:OJogo