Theodoro Fonseca, presidente da SAD do Portimonense, abordou a situação do jogador japonês do FC Porto.
Theodoro Fonseca, presidente da SAD do Portimonense e representante de Shoya Nakajima, abordou esta segunda-feira a situação do médio-ofensivo no FC Porto. O internacional japonês, ex-jogador dos algarvios, não tem treinado e Sérgio Conceição já remeteu a questão para a Direção azul e branca.
“O caso do Nakajima é muito delicado. Até concordo com a postura do FC Porto e do Sérgio Conceição até porque é a segunda vez que acontece um caso destes. A primeira vez foi quando nasceu a filha dele. O Sérgio Conceição e todo o grupo abraçaram-no por ser pai e uma questão familiar. Depois ele foi reintegrado. Desta vez teve o problema da covid-19. Essa é a pura verdade. Todos os funcionários de casa deles ficaram apreensivos e voltaram para o Japão. Tanto a cozinheira como o intérprete e a professora. Ele ficou sozinho em casa. Tem uma filha recém-nascida e a esposa dele precisa de cuidados especiais. A equipa técnica e a administração da SAD nunca lhe viraram as costas”, começou por referir Theodoro em entrevista à SIC Notícias.
“O clube faz um contrato com um jogador e não com a família. O FC Porto está a atravessar uma fase muito difícil no campeonato e precisa do Nakajima. De início ele recusou-se a treinar, devido à esposa, e entendo perfeitamente o lado do clube e do Sérgio Conceição, mas não teve nada a ver com a falta de pagamento, como foi escrito. O FC Porto tem tudo em dia com o Nakajima, não tem uma única dívida. Foi mesmo o lado familiar e o Nakajima não quis reintegrar o grupo”, acrescentou o dirigente do Portimonense, que garante que Nakajima “quer treinar”, mas salienta a importância de “consultar todo o grupo”:
“O Nakajima quer treinar agora, mas é um problema delicado, tem que passar por todos os procedimentos, inclusive fazer os testes da covid-19. Expliquei isso ao Nakajima e o meu filho [Theo Ryuki] também já lhe explicou. Agora não é só ele querer treinar, tem de fazer os testes à covid-19, tem de ser aceite pelo grupo e pela equipa técnica. Por mais vontade que tenha, agora vai ter de esperar. O Nakajima é um jogador fabuloso, é um fora de série, mas é um profissional e tem de entender o lado do clube. (…) Todo o grupo tem de ser consultado, assim como a equipa técnica e a administração da SAD. O Nakajima não pode voltar sem ser aceite por todos. Se acontecesse isso no Portimonense, era o que eu faria. O meu filho está a gerir muito bem a carreira dele, mas sabemos que a resolução do problema não depende apenas do jogador, depende de ambas as partes”, rematou Theodoro Fonseca.
Fonte: O Jogo