Pinto da Costa voltou a vincar que não entende a ausência de público nos estádios e comenta a postura do Benfica nessa matéria.
Pinto da Costa voltou a vincar esta segunda-feira, ao Porto Canal, que não entende a ausência de público nos estádios e mandou uma bicada ao Benfica para comentar a postura do clube nessa matéria.
“Na situação que é dita todos os dias nos jornais sobre a situação do Benfica, acho que se calhar faz bem em não atacar o Governo”, atirou. “Por que razão? Eles é que sabem porque não atacam”, continuou. “Tudo junto”, respondeu quando questionado se não pode, não quer ou não dá jeito.
“Não sei se falo sozinho ou não. Quando estou com as pessoas todas me dizem que tenho razão, que tenho que fazer alguma coisa. Mas depreendo que pode acontecer porque muitos me dizem. Acho inadmissível o que está a acontecer e há falta de sensibilidade da parte de quem manda no desporto e de quem está na DGS e não sabe o que é o desporto, daí ser ridículo aceitar que os camarotes têm que estar vazios. Nem que fosse uma pessoa em cada camarote de 100 lugares. Nas touradas o espaço está cheio, nem lugar de intervalo deixam. Embicaram com o futebol. Em tempos gabaram-se do milagre em Portugal, agora o milagre desapareceu. E a culpa é do futebol? Se o milagre se transformou num pesadelo ou pecado mortal, se calhar é pelas touradas, cinemas abertos, concertos em recintos fechados ou humoristas em espetáculos… E o futebol é que paga?”, questionou.
“Não há incongruência, há incompetência. O Secretário de Estado do Desporto vem dizer que o problema vai ser resolvido, mas depois vem uma senhora [Graça Freitas] que diz o contrário. A epidemia não aumentou por causa do futebol. Só em Portugal é que não há público nos estádios. Até nos Açores já há adeptos nos estádios e não se vê aumentar o número de casos de infetados. Abriram restaurantes, cinemas, touradas e espetáculos com milhares de pessoas, mas só o futebol é que não”, apontou ainda Pinto da Costa.
O líder dos dragões disse mesmo que “este Governo vai ficar ligado à falência do futebol e do desporto”. “Os clubes continuam a pagar os impostos, mas não têm receitas. Sem bilheteira e sem os lugares anuais, temos um prejuízo de 27. Se não pagarmos vêm logo as multas e as ameaças”, lamentou.
Fonte: OJogo