A chegada de Toni Martínez ao FC Porto tornou-o apetecível para a comunicação social espanhola, caso do diário desportivo AS
Dar o salto tão cedo: “A verdade que vim a Portugal com o objetivo de ser notado um dia, mas não esperava que esse momento chegasse tão cedo. Nem mesmo nos meus sonhos mais loucos teria imaginado que acabaria por jogar num clube como o FC Porto aos 23 anos. Mas, neste desporto a vida pode mudar num ano. É a recompensa por muito trabalho árduo.”
O interesse do FC Porto: “É algo que surgiu há meses atrás. Tem sido um ano estranho, mas eu sabia que estavam a seguir-me e durante a quarentena trabalhei muito para chegar ao fim da estação. Comprei muitas máquinas e montei um ginásio em Múrcia. Havia interesse, mas nenhuma oferta em cima da mesa. Tive de trabalhar para o conseguir. Consegui números muito bons após a quarentena e tudo deu certo”.
Passou a ver os jogos do FC Porto: “Para ser honesto, sim. Desde o dia em que tomei conhecimento do interesse do FC Porto, passei a assistira todos os seus jogos. Tornou-se uma motivação pessoal. Comecei a lutar com o objetivo de acabar por jogar aqui. Eu costumava observá-los, porque gosto de ver muito futebol. Sou típico adepto que chega ao sábado, senta-se para ver futebol às 15h00 e levanta-se no dia seguinte.”
A concorrência de Evanilson, Taremi e Marega: “O facto de haver vários reforços faz-nos a todos começar do zero. Não sei quais são as minhas hipóteses. Eu sei é que com Sérgio Conceição é preciso trabalhar. Não há outra opção. Quem trabalha joga e quem não trabalha, não joga. Estou bem ciente, quanto a isso. Vemos a equipa jogar e vemos jogadores de alto nível que correm como loucos. Se quiser ganhar, tenho de correr mais do que o seu adversário; e se quiser jogar, tenho de correr mais do que os meus colegas de equipa”.
Conceição vai exigir muitos quilómetros: “Eu sou um jogador que luta muito no campo. Gosto de ajudar os meus companheiros de equipa e é por isso que me vai custar menos. É verdade que é uma forma totalmente diferente de jogar ao que costumava fazer em Famalicão. Sem a bola eles são muito agressivos, mas normalmente têm a bola e isso vai ser bom para mim. É um estilo de jogo a que me posso adaptar. Tenho a certeza que posso sair-me bem no FC Porto”.
Sonhos depois do FC Porto: “Realizei muitos sonhos ao mesmo tempo ao chegar ao Porto. Jogar num grande clube na Europa, ter a oportunidade de jogar a Liga dos Campeões, lutar para ganhar títulos… Mas é claro que ainda tenho outros sonhos e um deles é jogar pela seleção espanhola. Este ano há o Europeu, há os Jogos Olímpicos… Vi a melhor Espanha de casa, sendo uma criança, e agora estou num dos melhores clubes do mundo. Estou ciente de que vou ter muitos mais olhos a olhar para mim. Vou lutar por tudo. Darei tudo o que tenho para tornar as coisas difíceis para aqueles que têm de tomar decisões”.
Fonte: O Jogo