Sérgio Conceição destacou a competência dos atletas lançados de início e saídos do banco no triunfo (2-0) frente ao Olympiacos
O FC Porto recebeu o Olympiacos, venceu o campeão grego por 2-0 e conquistou os três primeiros pontos na Liga dos Campeões. Na primeira jornada caseira da edição 2020/21 da prova rainha do futebol europeu, os Dragões marcaram um golo em cada parte e subiram ao segundo posto do grupo C da Champions. Após o apito final, Sérgio Conceição salientou a valia do adversário, uma equipa “competitiva”, “habituada a ganhar” e “a este tipo de palcos”. “Era importante sermos consistentes e sólidos, a defender e a atacar, e foi isso que aconteceu”, declarou o treinador portista após a conquista dos primeiros pontos na presente edição da Liga dos Campeões.
Consistência e solidez no ataque e na defesa
“Missão cumprida contra uma equipa que é competitiva, uma equipa que está habituada a ganhar e também a este tipo de palcos. Sabíamos o que fazer, era importante sermos consistentes e sólidos a defender e atacar e foi isso que aconteceu. Percebemos o que é que o jogo estava a pedir, não só os titulares como os restantes jogadores, por isso estão todos de parabéns.”
Substituições reforçaram o poder físico da equipa
“Precisávamos de mais músculo no meio campo. A entrada do Marko (Grujic) foi importante para isso e a mudança do Marega para a direita também. Não só na organização defensiva, mas também na forma como saíamos para o ataque. Coube aos jogadores interpretar o que estávamos a pedir. Fomos ganhando o jogo na segunda parte, não só pelas mexidas mas também com os jogadores que entraram de início.”
Primeiro a Mata Real, só depois o Marselha
“A seu tempo falaremos do jogo com o Marselha. Agora o importante é trabalhar com os jogadores menos utilizados para preparar um jogo igualmente importante, contra o Paços de Ferreira.”
Solidez e consistência
“A forma consistente e sólida como defendemos permitiu poucas oportunidades ao adversário. Tivemos várias oportunidades de golo depois do 1-0. Mas, mais do que isso, foi a forma como nós interpretámos o jogo. Não só os jogadores que entraram de inicio, mas também os que foram lançados durante o jogo. Conseguiram todos ir ajustando frente a um adversário maduro, experiente e que estava mais fresco do que nós. Sabíamos que era importantíssimo ganhar. Estou satisfeito com a exibição. Em termos estratégicos foi uma grandíssima exibição e eu privilegio muito mais isso do que jogadas espetacular que se possam fazer.”
Vitória dedicada aos adeptos
“O Marselha tem muitíssima qualidade. Perderam no último minuto na Grécia e hoje jogaram contra o Manchester City. É uma equipa recheada de grandes jogadores que eu conheço bem. Mas o importante agora é realçar o segundo aspeto, o público. Eram poucos adeptos mas soube bem ouvi-los outra vez a gritar golo, a cantar e a puxar pela equipa da forma apaixonada como sempre fazem. Deram-nos o calor de 40 ou 50 mil pessoas que podiam estar aqui. Sei que não é fácil sair de casa nessa altura, mas prevaleceu o amor ao clube e esta vitória é, sem dúvida, para os adeptos.”
Estratégia definida jogo a jogo“Em relação ao último jogo fizemos três mexidas. Não foram assim tantas. O resto dos jogadores que jogaram hoje fizeram o terceiro jogo em sete dias. Isso verificou-se na segunda parte, até mexermos com a equipa e metermos alguns elementos para equilibrar outra vez, de forma a sermos mais consistentes e sólidos no nosso processo defensivo. Olhamos para cada jogo numa forma isolada, estamos a pensar num só jogo, na melhor estratégia. Dentro dessa estratégia a dinâmica funciona com os jogadores que eu considero que fazem funcionar melhor. Agora vamos olhar apara o Paços de Ferreira, um jogo difícil, e vamos escolher os mais bem preparados para interpretar essa estratégia.”Sérgio mais adiantado, Fábio mais recuado“O Sérgio (Oliveira) dava-nos a capacidade de pressionar de uma forma que o Fábio Vieira não dava. O Fábio, por sua vez, gosta de ter o jogador de frente, pela capacidade de passe que tem. É um jogador muito evoluído. Trabalhamos essas nuances, são situações preparadas para o jogo. Não foi por ser uma fragilidade, mas sim por uma variabilidade na forma como pressionamos o adversário e o que fazemos quando temos a bola.”
Trabalho diário define quem é aposta
“O Fábio, a par de todos os jovens que temos no plantel que fazem parte da formação, está a trabalhar bem para merecer o seu espaço. Tem o seu percurso e a sua evolução diária, é perfeitamente natural. Não só o Fábio como o Romario Baró, o Diogo Leite. Para mim o jogador não tem idade. É por aquilo que faz diariamente. É para isso que eu olho. Mas são jovens, porque têm idade de jovem, que fazem parte do clube a quem estamos muito atentos.”
Fonte: FC Porto