Sérgio Conceição foi o convidado de Fátima Campos Ferreira no programa “Primeira pessoa”, da RTP.
Dia a dia: “Saio às 6h30 de casa e passo muitas vezes aqui na ribeira. Vou muitas vezes a pé da Foz ao olival. Faço com gosto este percurso pela ribeira a correr. Ouço coisas engraçadas. Ia numa das minhas corridas, vinha um senhor com o filho e virou-se para trás e disse: ‘ainda nos deve um campeonato’. Não foram uns parabéns, falou pelo campeonato perdido.”
Religão: “Pedir peço pouco, mas não tenho vergonha nenhuma de me ajoelhar para rezar.”
Três golos à Alemanha no Europeu de 2000: “Compliquei um pouco a vida ao Humberto Coelho. Na altura não pensei muito nisso, mas em complicar a vida ao Humberto Coelho. Fulminei-o com o olhar? Naquele dia não, porque fui titular, mas não era um jogador muito fácil de lidar.”
Itália: “Era o campeonato mais importante na altura, se calhar também com mais dinheiro e era uma oportunidade única de me afirmar no futebol. Saí do FC Porto, um clube com o seu peso e história, mas um campeonato com outros desafios. Liderança em Itália? Liderança é igual em em todo o lado. Depende do que se está a liderar. A Lázio foi a equipa onde trabalhei com mais caráter, com gente a querer impor-se, com grande caráter e grandes egos.”
Frontalidade: “Sou muito frontal. Não dizer que em algumas vezes não tenha tido alguns dissabores, mas não me arrependo das guerras que fiz.”
Perder e ganhar: “Perder não é normal, ganhar é normal. É difícil dormir quando perco, não tanto pelo resultado, mas pelo que é feito no campo. Hoje o lado estratégico é muito importante.
O que o leva a ir ao limite: “A paixão que tenho pela minha profissão. A exigência para quem trabalha comigo é enorme.”
Fonte: OJogo