Treinador do FC Porto comentou empate caseiro frente ao Boavista, 2-2.
Primeira parte desastrosa: “Foi uma primeira parte desastrosa da nossa parte, entraram as camisolas mas as camisolas não jogam. É preciso correr, ter dinâmica, depois da perda da bola reagir a essa perda, a transição ataque-defesa foi muito muito má e estávamos avisados para isso tudo. Às vezes as pessoas podem confundir o que é jogar no FC Porto. Como já disse, não basta ter contrato, é preciso mais. Não basta ser da formação, não basta ser bonito nas redes sociais. É preciso algo mais do que demonstrámos na primeira parte. É irreconhecível. Foi a pior primeira parte desde que sou treinador, e não é desde que cheguei ao FC Porto, é desde sempre. Na segunda parte retificámos e fomos a equipa que costumamos ser.”
Principal culpado foi o FC Porto: “Começo por dizer, para não me interpretarem mal, porque há muita gente que gosta de comentar: os principais culpados fomos nós, o Boavista não tem culpa. E penso que se continuar a jogar assim, com esta agressividade, vai continuar na I Liga. Não os vi muitas vezes, mesmo com o professor Jesualdo Ferreira a ter esta dinâmica, a ser uma equipa agressiva mesmo sem bola. Fez o que lhe competia, tentou de alguma forma anular os nossos pontos fortes, tudo normal, estávamos precavidos para isso, nós não podemos é fazer o que fizemos na primeira parte.”
Falta “aquela pontinha de sorte”: “Também falta aquela pontinha de sorte. Tudo nos acontece. Primeiro golo do Boavista não há canto sequer, o Sérgio [Oliveira] falhou o penálti, faz parte do jogo. Foi o quinto jogo em 15 dias, nem 72 horas temos de recuperação, e alguns jogadores que foram tirados do jogo de forma injusta do jogo, porque não fomos prejudicados só nos últimos jogos, também fomos neste, ao nível de opções que normalmente tenho.”
Fonte: OJogo