Treinador do FC Porto fez a antevisão do jogo com o Sporting e lembrou as palavras de André Horta no final do Roma-Braga, esta quinta-feira.
Tempo útil de jogo na Liga NOS: “Ontem [quinta-feira], o André Horta, no final do jogo do Braga com a Roma, disse que enquanto não mudarmos a mentalidade, em que por tudo se perde tempo e pára o jogo, fica difícil. Ando a dizer isto há uns tempos. Tive reuniões na UEFA, com outros treinadores da Champions, e um dos temas mais importantes é o tempo útil de jogo. Portugal está na cauda dos países em termos de tempo útil de jogo. Em Portugal, esses testes semanais são diferentes, como o Horta estava a falar, na Europa depois aparecem adversários acima da média. E depois é cultural, também. Temos que melhorar. Outro exemplo: na meia-final com o Sporting tivemos quatro faltas ofensivas. Em livres laterais e/ou frontais. Porque gritaram na área, caíram e o árbitro marcou falta ofensiva. Em dois dos lances, o árbitro nem estava a olhar para essa zona. Também estamos preocupados com os gritos. Não é isto ou aquilo. Há um conjunto de situações em que o futebol português tem de melhorar, falar com toda a gente, para que sejamos mais competitivos. Não é só armar a polémica momentânea. Isso é o chamado encher chouriços.”
Ainda sobre o tempo útil de jogo e as faltas: “No jogo com o Marítimo foi a mesma coisa. Não estou armado em vítima, também somos agressivos no jogo. Depois há a entrada da equipa médica, que são mais uns segundos… O ritmo vai-se quebrando. O Corona e companhia chegam ao final dos jogos em dificuldade. O FC Porto, nos últimos anos com o Sérgio Conceição, tem esquemas táticos fortíssimos. Caem ao chão e mandam um grito, ‘ai’! O árbitro assinala falta. É a falta da confusão. Com o VAR, aquilo que acho, é que se deve deixar rolar e, se houver falta, tem de marcar falta ofensiva. O VAR tem não sei quantas câmaras à disposição. Estou a dizer isto sem polémica, atenção.”