Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, sobre o apoio constante dos adeptos.
Ausência de público. Gostava de bandeiras do FC Porto à janela, a exemplo do que pediu Scolari? “Sou português e não brasileiro, com todo o respeito. Conheço os adeptos há dezenas de anos e não precisam dessas manifestações para demonstrar a sua paixão e nós não precisamos disso para sentir a paixão dos adeptos. Isso sente-se. É como quando entramos em casa de alguém e sentimos energia positiva, aqui é igual, entra-se no clube e sente-se essa energia, essa paixão. Sinto em tudo, quando se vai à rua, ao supermercado, quando se vem para aqui. As pessoas nem bom dia dizem, “é para ganhar!”. E depois então, “bom dia”. “É para ganhar!” E à terceira é que dizem bom dia. Estava a fazer a minha corrida junto ao rio e passou um adepto com o filho. Quando passei por ele disse “ouve lá, ainda me deves um campeonato!”. É visível, sente-se esse apoio, essa paixão, estar presente todos os dias na vida do clube, não precisamos de uma força extra porque eles são uma força.”
Jogo da Juventus com a Lázio: “Mudou um bocadinho em termos de dinâmica, com o Cuadrado a dar muita largura e profundidade no corredor direito, o Chiesa na esquerda, mas sempre com muita largura no campo. Jogadores diferentes com posições diferentes, mas sempre com capacidade de jogar por dentro, explorar a largura. Foi uma Juventus extremamente competente, à imagem do que tenho visto nestes últimos tempos.”
Diferença entre jogar em casa e fora: “Em casa ou fora preparamos os jogos de forma igual. Os últimos resultados em casa não foram como nós queríamos, mas não é que nos sintamos mais confortáveis por jogar for a, somos uma equipa grande e o fator casa acredito que com público poderia dar algo mais à equipa, exatamente pela paixão dos adeptos, mas para nós em termos de preparação, é exatamente igual jogar em casa ou fora.”
Histórico como jogador: “Tento fazer o meu trabalho, tive o meu período como jogador, treino há quase dez anos e o que eu era como jogador não tem nada a ver com o que sou como treinador. Tem sim a pessoa que não muda e o caráter, que é o mesmo. O que eu sou como treinador tem um pouco da minha experiência como jogador, também dos treinadores que tive na minha carreira, mas principalmente aquilo que foi a minha preparação para ser treinador do FC Porto neste momento. Não gosto de me comparar a ninguém, sou muito eu, muito próprio, faço o meu caminho e espero fazê-lo da melhor forma e isso será ultrapassar a Juventus nesta eliminatória.”
Fonte: OJogo