Vítor Baía, vice-presidente do FC Porto, abordou a qualificação para os quartos de final da Liga dos Campeões
Sobre a qualificação: “Foi uma demonstração de força, união, determinação. Pude presenciar aquilo que foi o verdadeiro espírito da nação portista: os jogadores muito solidários, um jogo muito bem preparado pelo nosso treinador, como sempre. Conseguimos ver a alegria de todos os jogadores pela recompensa do seu esforço, a capacidade de superação e sofrimento. Não é fácil jogar contra a Juventus com 11, quanto mais com 10. Tem jogadores de muita qualidade e esta Juventus já tinha ido a Barcelona ganhar por 3-0. isso demonstra a qualidade e capacidade.”
Os detalhes: “Estivemos incríveis. Sabíamos que não podíamos errar, que os detalhes seriam muito importantes. Fiz referência a isso no pré-match, que era um jogo com contornos diferentes e a história faz parte da preparação. Fomos uma equipa com capacidade para aguentar a pressão de jogar contra uma equipa desta dimensão sendo fiel aos seus princípios, não abdicando de atacar.”O exemplo de Manchester: “Sabemos que não íamos estar por cima e que teríamos de ser solidários, humildes. Aconteceu também em Manchester, em 2004. Quando saiu o FC Porto, houve algum facilitismo por ser o FC Porto. Mas, só quem não conhece o FC Porto poderia achar fácil. Para mim, o FC Porto é sempre favorito, seja em que campo for. Não temos medo de ninguém e foi o que aconteceu.”Reconhecimento: “O FC Porto é reconhecido há muitos, muitos anos, pelo que tem sido a evolução, crescimento sustentado, com títulos internacionais incríveis. Temos tantas Ligas das Campeões como a Juventus e duas Intercontinentais. O FC Porto é muito respeitado a nível internacional e pelas grandes instâncias. É respeitado pelo seu ADN. Na contratação do Taremi, por exemplo, foi a nossa história… E o Taremi assumiu que lhe podiam dar milhões que queriam o FC Porto. Queremos jogadores destes, que não olhem só para a parte financeira e que olhem para o projeto e história.”
Respeito: “Estava escrito que iamos repetir a façanha de há 17 anos. A equipa e o treinador prepararam-se para este momento. O treinador colocou os jogadores a jogar com alma. É este o ADN do FC Porto. A expressão é forte, mas eles morrem pelos seus adeptos dentro de campo. Os adeptos têm sido extraordinários, meios escondidos na chegada ao aeroporto… É bom saber que temos gente como ninguém e que merece o caminho. É isto que nos eleva e que nos faz elevar a outro patamar”.
Fonte: O Jogo