Pinto da Costa, presidente do FC Porto, deu uma entrevista ao Porto Canal este sábado.
Movimentações dos rivais: “Fico muito preocupado. Até ando a tomar uns calmantes por cada nome que sai. Quando saiu o do Gotze, tive de tomar uma caixa de comprimidos para me acalmar. Depois deixei de tomar porque ele afinal não veio. É evidente que estou a brincar. Não fico nada preocupado. É evidente que todos os clubes portugueses, não é só o FC Porto, têm necessidade de vender. Nós estamos em grande desvantagem porque pagamos de impostos muitíssimo mais do que nos outros países. Se eu oferecer um milhão a um jogador, isso custa-me 2,2 milhões. Se um clube italiano oferecer um milhão a um jogador, custa-lhe menos de 1,5 milhões. Isso é uma desvantagem brutal e o nosso Governo, que se está a marimbar para os clubes, não altera isto, por muito que os clubes lhe façam ver que a qualidade do futebol português cada vez vai baixar mais. No ano passado, pagámos 50 milhões de impostos ao Estado. Bem sei que a TAP precisa de muito dinheiro, mas não o levem todo de nós. Tivemos de vender o Vitinha? Tivemos. E o Benfica, quem teve de vender? O melhor marcador do campeonato, considerado o melhor jogador da prova. E o Sporting? Um internacional A, por 20 milhões. E não conseguiu manter o Sarabia, que foi um jogador influentíssimo. Portanto, em termos de saídas, isso não vai influenciar o equilíbrio das equipas porque todas perderam jogadores importantes. Talvez o Benfica tenha perdido o mais influente de todos, ou então [Darwin] foi mal escolhido como o melhor jogador do campeonato. O que temos de fazer é tentar colmatar as saídas com jogadores que possam preencher esses lugares o melhor possível e preparar o futuro, na formação. Quanto às contratações, já se sabe que as do FC Porto são todas fracas e que qualquer jogador que chegue para os outros tem as televisões no aeroporto, nem que depois não fique cá. Se formos contar o tempo que as televisões dedicaram ao Gotze, foi muito mais do que o que dedicaram ao David Carmo quando veio para o FC Porto. É tudo marketing, é facciosismo e fanatismo. Dentro do campo é que se vai ver quem é que está melhor”.
Fonte: OJogo