Pinto da Costa, presidente do FC Porto, deu uma entrevista ao Porto Canal este sábado.
Renovações: “Estamos a tratar. O Gonçalo Borges pode acrescentar muito à equipa, se tiver cabeça, no bom sentido, e dedicar-se a 100 por cento, como tem feito. Tem a felicidade de ter um treinador que vai permitir-lhe evoluir muito. Daí a razão de termos renovado. O Eustáquio fizemos um contrato por cinco anos. É uma aquisição, porque ele estava apenas por empréstimo, mas o nosso treinador, o Sérgio Conceição, entendeu que devia ficar, porque conta com ele como um valor certo. Por isso é que fizemos um esforço, não tão grande como no caso do David Carmo, mas contratamos um jogador que vai ser muito importante no meio-campo”.
Saídas e entradas: “Saídas estão perspetivadas, porque temos 30 e tal jogadores e não podem ser todos inscritos. Agora, o que disse quando se falou do Vitinha, é que tivemos uma oferta de 30 M€ e não o vendemos, contra a opinião de alguns que achavam que era um grande negócio. Disse que só saía pelos 40 M€, desde que recebêssemos logo o dinheiro. Apesar da renitência em cumprirem isso, o Vitinha só foi fechado às nove da noite do último dia [do exercício financeiro]. Aí foi importante o contributo do empresário Jorge Mendes, porque tinha ótimas relações com o PSG e ajudou a convencê-los e fez-lhes ver que eu não ia ceder, dando-lhes vários exemplos de outros casos, porque eles achavam que estava a fazer bluff. Mas às nove da noite viram que era a sério e o negócio foi feito como nós quisemos. Também disse que não saía mais nenhum jogador que não fosse pela cláusula. A prova disso é que tivemos, e posso prová-lo – e agora vêm os paineleiros dizer que não tinha nada – uma oferta de 60 M€ por um jogador e não aceitei, até por uma questão de princípio, porque quem quiser um jogador do FC Porto já sabe que tem de pagar a cláusula em dinheiro. Agora, se chegar aqui um clube e der 80 ou 100 M€ pela cláusula, não temos de pensar ou decidir, nem podemos evitar, desde que o jogador queira ir. Agora, a única garantia que posso dar o treinador é que daqueles que fazem parte do grupo forte da equipa nenhum sairá abaixo da cláusula de rescisão. Mesmo que alguns queiram pagar a cláusula, tenho esperança que alguns não queriam sair já do FC Porto”.
Vítinha, Fábio Vieira e a saída de jogadores da formação: “A mim custam-me todos, salvo raras exceções, caso não tenham um comportamento à altura do FC Porto. Nesse caso, até posso sentir alívio. Não é por serem portugueses ou estrangeiros. Desde que vestem a camisola do FC Porto são todos dragões. Lembro-me que num dia, à mesma hora, perdeu o João Moutinho, que foi um jogador importantíssimo nas vitórias do FC Porto, e o James Rodríguez. Perder dois jogadores desses é que cria um grande abalo na equipa, mas, com o mesmo espírito de sempre e com os retoques, o FC Porto continuou a ser campeão”.
Hipótese de mais reforços: “Pensamos que temos um grande plantel, mas se houver uma oportunidade, com possibilidade, porque não é os clubes pensarem agora que por termos dado 20 M€ ao Braga, vamos dar 10 M€ por qualquer individuo. O David Carmo foi um número anormal para nós, porque é um jogador em quem todos acreditam. Aliás, tem sido reconhecido que é um valor para a Seleção Nacional. Todas as pessoas a quem pedimos informações deram opiniões positivas, desde o selecionador nacional a antigos treinadores dele, e era uma necessidade premente. Temos os pés no chão, temos consciência que temos um bom plantel e temos um treinador que sabe tirar o máximo rendimento dos jogadores”.
Fonte: OJogo