O presidente do F. C. Porto assina o editorial da revista Dragões, recordando os três títulos conquistados, de “forma indiscutível”, pelos azuis e brancos “em pouco mais de três meses” e apontando o dedo à Imprensa de Lisboa pelas “pseudonotícias descaradamente falsas” que já foram desmentidas por Sérgio Conceição.
“É evidente que os sucessos do nosso clube medem-se em títulos, por isso não havia melhor forma de começar a temporada do que a ganhar a Supertaça. Em pouco mais de três meses, vencemos os três troféus nacionais mais importantes. E foram três vitórias indiscutíveis. Não devia ser necessário recordar este facto, mas a forma como o F. C. Porto é tratado pela comunicação social tem muitas vezes como consequência que algumas pessoas se esqueçam do que é óbvio: graças ao mérito do nosso treinador, dos nossos jogadores e de todos os que com eles trabalham, o nosso clube tem sido superior aos rivais e encontra-se na posição invejável de campeão em título das provas mais relevantes”, escreve Pinto da Costa na publicação portista.
O líder que tomou posse há 40 anos põe, num entanto, um travão na euforia: “Este estatuto já não nos serve de nada. As vitórias do passado já não estão em causa e o que me preocupa – e a todos no F. C. Porto – são as conquistas do futuro. O facto de termos ganho muito nos últimos tempos só aumenta a quantidade de pedras que tentam colocar no nosso caminho”, acrescenta o presidente do F. C. Porto, antes de partir para o ataque.
“Se pensarmos nas semanas mais recentes, encontramos pelo menos dois exemplos de pseudonotícias descaradamente falsas que até foram desmentidas pelo Sérgio Conceição. Na origem dessas invenções está sempre a imprensa de Lisboa”, defende Pinto da Costa, fazendo questão de separar a cidade do que a rodeia.
“Apesar de o sucesso do F. C. Porto e das lutas do nosso clube contra as mentiras e as injustiças não serem algo recente, parece-me que em Lisboa ainda não se habituaram a lidar com isso. E quando me refiro a Lisboa não está em causa a cidade propriamente dita, onde sou sempre bem recebido e onde existem cada vez mais pessoas que vibram com o F. C. Porto”, explica, antes de voltar à questão do centralismo.
“O que está em causa é a capital enquanto símbolo de um país que sempre foi muito centralizado e que o é cada vez mais. O F. C. Porto, para ganhar, tem de lutar contra isso. É o que temos feito, e não nos podemos queixar dos resultados. Vamos continuar a fazê-lo. Somos e queremos continuar a ser uma espinha cravada na garganta da capital”, finaliza Pinto da Costa.
in jn