ENTREVISTA >> Tozé recorda a O JOGO os contornos da amizade com o baixinho craque do FC Porto, materalizada por tempo conjunto em 2015/16, em Guimarães. Fala do assédio que pairou sobre o influente médio, até das Arábias.

Foram colegas em Guimarães, na altura de Sérgio Conceição como treinador do Vitória. Tozé e Otávio eram parceiros nas idas de carro do Porto para a cidade minhota. Meses de confidências e entendimento de uma exigência.

A permanência de Otávio no FC Porto, confirmando-se, é uma grande notícia para Sérgio Conceição?
-É, sem dúvida, peça fundamental no FC Porto e, claro, também, nas ideias de Sérgio Conceição. Tem uma qualidade incrível, sabe interpretar o jogo da melhor forma, jogue em que posição jogar. É um dos capitães e tem uma personalidade forte que espelha bem o espírito do clube. É reconhecido por colegas, adeptos e adversários. A cada época tornou-se peça ainda mais importante, fulcral. A sua saída seria muito difícil de colmatar, o FC Porto sai muito a ganhar com a sua permanência.

Sabendo-se que uma proposta dentro dos números falados mexe com qualquer um, de que forma entende que isso interferiu com a concentração do Otávio e se ele aparecerá para a nova temporada igual a si próprio?
-Ele tem uma personalidade fortíssima, gosta muito de ganhar. Os últimos anos dele no FC Porto dizem tudo, do seu papel importantíssimo nas conquistas bem como na dinâmica da equipa e do balneário. Não tenho dúvidas que está mais focado do que nunca. É normal um jogador da sua qualidade receber propostas altas para sair. Faz todo o sentido. Não foi certamente a única a do Al Nassr. A grande diferença, esta temporada, não foram só os valores envolvidos, foi também a incerteza arrastar-se algum tempo.

Vocês os dois partilhavam mais tempo além dos treinos?
-Íamos de carro juntos de madrugada do Porto para Guimarães. Eram sessões de coaching introduzidas pelo Sérgio Conceição e aconteciam às 6 da manhã. Acordávamos às 4h30 e às 5 já partíamos rumo a Guimarães.

Fonte: ojogo.pt