ENTREVISTA, PARTE II – Importância da obra é por todos reconhecida, mas o coordenador dos dragões vinca que não vale a pena ser consumido pela ansiedade. “Estou tranquilo que o presidente resolverá a questão”, diz. Projeto que nascerá na Maia vai ajudar, mas Filipe Ribeiro lembra que ultrapassar dificuldades faz parte do ADN do clube azul e branco.
A academia para a formação, a ser erguida na Maia, é um sonho com vários anos no FC Porto, mas Filipe Ribeiro sustenta que a ausência da infraestrutura não tem impedido o aparecimento de talentos na equipa principal. Confiança de que o projeto conhecerá a luz do dia é muita, ou não tivesse visto Pinto da Costa resolver várias outras questões.
Ao longo dos últimos meses o clube tem anunciado a assinatura de vários contratos profissionais com atletas. Nesta fase a prioridade passa por segurar o talento da casa?
-É sempre. Temos noção da dificuldade que é chegar à equipa principal. Agora, procuramos que os jogadores sintam menos o distanciamento e a dificuldade de atingir o patamar profissional, seja a entrada na equipa B, numa primeira fase, seja, depois, a chegada à equipa principal. Se não houver aqui um alinhamento interno, a distância será sempre maior e mais difícil. Agora, é lógico que tentaremos sempre detetar [talentos]. Felizmente, muitos desses jogadores que têm começado a chegar à equipa principal têm um trajeto longo cá na formação. É fruto de quê? Do trabalho feito, com rigor e reflexão, que depois é catapultado para a equipa principal. Mas isto é um trabalho de anos, não é uma questão pontual. Pode aparecer uma ou outra questão diferente, mas o trajeto é longo, tem muitas fases. É um trajeto difícil, minucioso, mas também apaixonante por conseguirmos perceber o trajeto que vão fazendo e o crescimento que vão tendo.
Fonte: ojogo.pt