Jorge Sánchez e Francisco Conceição jogaram juntos no Ajax. Isso pesou na hora de estrear ambos como titulares? “Também passou [pela cabeça], mas não foi decisivo. Na preparação do jogo, Pepê é um jogador que explora muito o espaço por dentro, o João Mário gosta dessa largura, e do outro lado necessitava de alguem que desse essa largura também. O Jorge sem bola vem por dentro, é um lateral inteligente, estão habituados a este tipo de situações, até pelo conhecimento que tinham entre si do ano passado, mas prinicipalmente porque queria alguém largo no campo. Foi o Francisco, podia ser o Gonçalo Borges, um jogador com essas características. O André Franco já é diferente. Daí optar por um jogador que seja mais ala do que o André Franco. O Franco saiu não por ter jogado menos bem contra o Antuérpia, foi por questão de estratégia para hoje. Sexta-feira [contra o Estoril] já será outra e outros jogadores entrarão em equação.”

“Transporte” de João Mário e Pepê para a esquerda foi um aproveitar de rotinas do lado direito? “Sim, mas é um conhecimento que eles têm. A equipa com o tempo vai-se conhecendo melhor, vamos trabalhando diariamente para que esse entrosamento e esse conhecimento seja algo positivo. Pepê está habituado a jogar à esquerda, o João Mário não tanto. Tem uma chamada de atenção minha no final, foi exatamente por isso. No lado direito tem a facilidade de meter por fora, e como é bastante rápido encontra alguma facilidade para sair de situações de pressão, aqui na esquerda é diferente, porque normalmente é um jogador que gosta de encarar, de provocar, e as coberturas são por dentro e ele com o pé direito tem essa tendência de vir para dentro jogando do lado esquerdo. Isso dificultou numa ou outra saída que no lado direito seria muito mais fácil. Faz parte, sabíamos disso. Estou contente com toda a equipa.”

Fonte: ojogo.pt