Um FC Porto melhor na Champions: “Ainda não descobri onde está esse chip, que chip é esse. Vocês perguntam sempre sobre esse chip. Não estou a falar dos tempos das vacas gordas, meias gordas, fit, magras, não estou a falar de nada disso. Estou aqui há sete anos. Trabalhamos de tal forma, com essa tal exigência, rigor e disciplina, dedicando-se de uma forma incrível diariamente. E não estou a falar de mim, sou eu e os diferentes departamentos – agora dou toda a moral a todos os departamentos. Trabalhamos para ganhar jogos nas diferentes competições, para que possamos conquistar títulos. Este é o meu sétimo ano aqui e trabalha-se sempre da mesma forma. Houve um jogo em que devíamos ter sido mais competentes, houve erros que cometemos, mas os jogos em que ganhámos na Liga dos Campeões, nos quais fomos eficazes, mas houve coisas a retificar. Faz parte da vida dos treinadores e dos jogadores. Não há chip para mudar, esse chip está metido a partir do momento em que assinamos contrato com este clube, temos que dar ao pedal. Seja contra o Vilar de Perdizes, o Antuérpia, o Barcelona, ou o V. Guimarães, com quem vamos jogar no próximo jogo para o campeonato.”

Treino e importância do jogo antes de voltar ao campeonato: “O treino foi com bola. Iniciámos sem bola e depois metemos bola, muita bola. E também finalização. Voltando à outra questão: não estou a pensar no jogo contra o V. Guimarães, nenhum treinador prepara dois jogos ao mesmo tempo, depois não estamos nem num nem noutro. O jogo de amanhã é extremamente importante para nós, queremos três pontos que nos possam deixar mais perto do nosso objetivo, passar aos oitavos da Champions. Temos noção, mas não preocupação. Se estivesse preocupado, demonstrava isso. Eu meto cá para fora muito do que sinto e sou. As minhas expressões, a minha cara demonstra bem o que sinto. Os jogadores conhecem-me muitíssimo bem, e se eu demonstrasse preocupação ou receio… Não faz parte do meu caráter também. Tenho muito respeito pelo V. Guimarães, que está três pontos atrás de nós. Houve situações em que tive receio quando era mais jovem, quando perdi pessoas que amava e amo muito. Mas enquanto treinador de futebol… Olhando um bocadinho para o panomara internacional, se houver receio ou medo de alguma coisa… Não faz parte.”

FC Porto adapta-se melhor aos desafios táticos da Champions do que aos do campeonato? “Já respondeu… É um bocadinho por aí. Tem a ver com os adversários, com esse posicionamento, da forma como se organizam e do nosso processo ofensivo Tem a ver com isso, é verdade. Normalmente, defende-se de forma mais fácil e pode-se ser mais desorganizado quando há menos espaço. Quando uma equipa se expõe da mesma maneira que nos expomos, é natural que os adversários tenham mais espaço para explorar. A forma como atacamos, também atacamos consoante o que analisamos dos adversários, de acordo com as nossas caraterísticas e definindo a estratégia. Podemos atacar pelos corredores centrais, laterais, mais em cruzamentos, movimentos e passes de rotura, enfim. E depois, claro, há que ver onde é que defendem os adversários. Na Liga dos Campeões se calhar encontramos o espaço que no campeonato não encontramos.”

Fonte: ojogo.pt