Saída do Benfica para o FC Porto: “Às vezes é complicado explicar. Estive oito anos no Benfica e não é normal que um jogador tão querido pelos adeptos, um jogador de quem a Direção gostava, fique livre. Não é normal. Fui jogar a Copa América e estava livre. Com o tempo, fui percebendo que o futebol é um negócio e, se não renovei naquele momento, era porque havia outros interesses. Jogadores jovens a precisarem de jogar, eu tinha 31 anos… Foi um pouco estranho e nunca imaginei que iria para o FC Porto. Eu falava de vez em quando com o empresário, não era como agora. Nunca imaginei ir para o FC Porto. Quando saí do Benfica apareceu a possibilidade e fiquei com dúvidas. Falei com a família, a minha mãe, os meus irmãos e acabámos por decidir aceitar. Nunca me arrependi da decisão. As pessoas do Porto são espetaculares, estou muito agradecido à cidade. Não só aos portistas, mas também aos benfiquistas de cá. Não tenho nada de mal a apontar. A minha família está feliz cá, o futebol é um desporto e já estou noutra etapa.”

É jogador à Porto ou à Benfica?: “Passa por essa garra, as pessoas não me podem apontar nada a nível de profissionalismo. Deixei tudo em campo. Os adeptos do Benfica não gostaram que eu fosse para o FC Porto, mas sabem que dei tudo no Benfica. As pessoas reconheciam isso. Dei sempre o máximo e isso têm de me reconhecer. Dizerem que foi por dinheiro… É um trabalho, como uma pessoa normal. Vim para o FC Porto numa altura em que não era fácil ganhar para o clube. Ganhei um título em quatro épocas e a única coisa que podem apontar é não ter ganho mais campeonatos pelo FC Porto. Gostava de ter ganho algo mais pelo FC Porto, mas o futebol é assim. Importa dar o máximo, depois as coisas podem, ou não, acontecer. Fui um privilegiado.”

Fonte: ojogo.pt